No universo da gestão de pessoas, muito se fala de Hard skills e Soft skills.
É certo que as competências técnicas são cruciais para desempenhar uma tarefa bem feita, mas, cada vez mais, as competências emocionais ganham importância, sendo que, muitos gestores afirmam que as mesmas representam uma relevância de 80% na hora de contratar.
Ou seja, podemos ser tecnicamente irrepreensíveis, mas se não tivermos competências emocionais que complementem as nossas competências técnicas, vai ser muito mais árduo responder às necessidades de um mercado cada vez mais rápido e volátil, que exige características que aliam a técnica a formas de estar e agir perante os desafios.
Mas será que isso quer dizer que nos devemos dedicar mais ao desenvolvimento de competências emocionais e investir menos nas competências técnicas?
O SEGREDO ESTÁ NO EQUILIBRIO!
Como muitas vezes digo em processos de coaching, é crucial trabalhar as competências emocionais, mas também garantir que, nesse processo, desenvolvamos e potenciemos os recursos técnicos necessários para chegar aos nossos objetivos.
Naturalmente há áreas com um nível de tecnicismo maior como a medicina ou a programação em que a elevada competência técnica é crucial mas, mesmos em áreas menos técnicas, sou da opinião que as hard skills são de extrema importância, até para alavancar as competências emocionais!
As habilidades técnicas permitem-nos, não só, fazer um trabalho bem feito, mas também, nos dão recursos para obter mais segurança e confiança em nós próprios.
Quanto mais competentes nos sentirmos enquanto profissionais, maior a confiança para partilhar insights, inovar, tomar decisões e alcançar objetivos.
No fundo não é muito diferente de uma criança que começa a dar os seus primeiros passos…no início sente medo e falta de confiança porque ainda não experienciou e não se tornou competente nessa tarefa.
Quem, num contexto profissional, já não se sentiu como uma criança a andar pela primeira vez?
Com isto, não estou a dizer que as competências técnicas são mais importantes que as competências emocionais, pelo contrário!
O que procuro é lançar uma reflexão sobre a importância das competências emocionais como forma de potenciar as habilidades técnicas e vice-versa.
Sem dúvida que uma pessoa com competências comportamentais bem desenvolvidas e com elevada inteligência emocional consegue ter mais capacidade para enfrentar desafios e mais foco para escolher o melhor caminho para chegar aos objetivos.
Os níveis de performance de uma pessoa ou organização são sempre proporcionais à capacidade de identificar todos os recursos emocionais e técnicos que são necessários para chegar a um determinado objetivo.
Estando nós a viver uma era digital cada vez mais exigente, as empresas procuram atualmente profissionais que aliem hard skills a soft skills. O mercado necessita, cada vez mais, de profissionais tecnicamente competentes e que saibam comunicar, envolver, lidar com desafios e momentos de pressão, e ainda, que tenham capacidade de interpretar cenários críticos e criatividade para encontrar soluções “out of the box”
Por tudo isto, cada vez mais me identifico com um conceito que representa em pleno o que o mercado de trabalho atualmente exige, as Power Skills!
E O QUE SÃO POWER SKILLS, AFINAL?
Muitos vêm as Power Skills como um “upgrade” ao nome Soft Skills , visto que o termo “soft” pressupõe erradamente que, sendo competências “suaves/leves”, são mais superficiais e mais fáceis de adquirir.
Contudo, ver as Power Skills como apenas uma renomeação das soft skills, pode ser redutor…
O conceito de Power Skills surge das necessidades de um mercado volátil e mutável em que, cada vez mais, o ambiente dita as competências a desenvolver.
Já não basta ter capacidade de trabalho em equipa ou capacidade de liderança. É preciso trazer para estas competências, habilidades técnicas que nos confiram a capacidade de comunicar e envolver, de potenciar e empoderar, de interpretar cenários e planear, de criar e inovar, sempre tendo em vista a importância de flexibilizar e adaptar.
Power skills são, portanto, competências potenciadoras de pessoas e negócios, que aliam um conjunto de habilidades técnicas a aptidões comportamentais e permitem elevar um profissional a um patamar superior.
Tudo indica que, com a evolução e complexidade do mercado, a tendência é que nos próximos anos apenas profissionais de alta performance garantam os seus lugares nas empresas, sendo que Power Skills como Comunicação, Resolução de Problemas, Visão, Organização, Autogestão, Pensamento crítico, Criatividade, Proatividade, Flexibilidade, Empatia e Adaptabilidade, serão competências criticas para as empresas.
Isso significa que é crucial olhar para dentro e desenvolver a nossa inteligência emocional e a nossa liderança pessoal. Perceber onde podemos ainda evoluir em termos de competências comportamentais, mas também em termos técnicos, de modo a obter a simbiose perfeita.
A SOLUÇÃO É APRENDER, APRENDER, APRENDER E EQUILIBRAR!
As organizações por sua vez também beneficiarão em muito se apostarem numa cultura organizacional de constante aprendizagem e crescimento. É preciso empoderar e capacitar os profissionais para a tomada de decisão em condições adversas.
Pessoas com mais inteligência emocional e mais confiança nas suas capacidades, tomam melhores decisões, gerem melhor conflitos e impulsionam a performance de uma organização.
Por tudo isto, na Skill Conquest procuramos desenvolver e potenciar o talento de forma mais orgânica. Seja através de uma metodologia de formação diferenciada, ou dos nossos processos de consultoria, que se baseiam na abordagem do Design Thinking, ou mesmo através de Mentorias imersivas que permitem aliar Técnica à Inteligência Emocional.
Na Skill Conquest implementamos processos evolutivos de reflexão-ação que dão verdadeiramente “competências de poder”.
Os nossos serviços: SKILLCoaching SKILLMentoring SKILLTraining SKILLConsulting SKILL360º
E TU ESTÁS A EQUILIBRAR PARA ALCANÇAR?
Autor: Filipa Oliveira
CEO & Founder | Skill Conquest